Guerilha do Araguaia: os Criminosos continuam zombando da sociedade - a verdade precisa aparecer, para que a democracia não seja mais desrespeitada. |
A visita da Comissão Nacional
da Verdade (CNV) ao Pará começou, na manhã desta quarta-feira (29), com
um encontrou com o governador Simão Jatene e representantes da
sociedade civil. Durante o encontro com o ex-procurador-geral da
República, Cláudio Fonteles, e o professor Paulo Sérgio Pinheiro,
membros da Comissão, o governador disse apoiar a criação de uma Comissão
Estadual da Verdade e pretende reunir os líderes de bancada para um
projeto de consenso.
Comissão Nacional da Verdade busca informações preciosas sobre desaparecidos na Guerrilha do Araguaia no Pará(Foto: Marcelo) |
Em parceria com o Comitê Paraense da Verdade, Memória e Justiça no Pará, a visita ao Estado tem como objetivo
colher relatos de graves violações de direitos humanos, praticadas por
agentes públicos, ocorridas no Pará, no período de 1946 a 1988.
Às 14h, a CNV realizará uma audiência pública no auditório da Universidade da Amazônia (Unama), campus Senador Lemos, em Belém, onde serão divulgadas informações sobre os andamentos dos trabalhos feitos pela Comissão. As falas dos membros da Comissão da Verdade serão precedidas por uma abertura pelo Comitê paraense, anfitrião do evento. Às 15h, está previsto o início do depoimento dos inscritos.
O professor Paulo Sérgio Pinheiro abordará a Comissão da Verdade brasileira no contexto latino-americano, a história de sua formação desde o reconhecimento da responsabilidade do estado brasileiro pelos crimes da ditadura até a aprovação do projeto de lei que a criou. O professor falará também dos poderes da Comissão e o estágio em que se encontra o trabalho da CNV e as perspectivas.
Cláudio Fonteles se manifestará sobre o
legado da Comissão, que só será efetivo se houver participação da
sociedade civil: “é fundamental que, por todo o Brasil, sejam criadas
redes da cidadania em prol de uma sociedade democrática, para que se
evite o retorno do Estado ditatorial, violador dos direitos da pessoa
humana”, afirmou.
(DOL, com informações da CNV)
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