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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

BELÉM DE CABEÇA PARA BAIXO - GREVE DA SAÚDE MUNICIPAL COMEÇA NA QUINTA-FEIRA




Servidores da saúde municipal de Belém estão decididos a paralisar as atividades a partir da 0h da próxima quinta-feira (2). Os médicos da saúde municipal já estão em greve e agora é a vez dos enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, dentistas, farmacêuticos, assistentes sociais, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e técnicos em radiologia também suspenderem seus serviços.

Antes disso, os sindicatos da área de saúde vão realizar nesta quarta-feira (1º), às 9h30, uma entrevista coletiva, na sede do Sindicato dos Médicos (Sindmepa), para falar sobre a greve generalizada no serviço público de saúde da capital e como ficará o atendimento nas unidades atingidas pela paralisação por tempo indeterminado.
 Greve da saúde municipal começa na quinta-feira (Foto: Rogério Uchôa)
Além do Sindmepa, a coletiva terá representantes de outros onze sindicatos e a uma associação, como os sindicatos dos Enfermeiros (Senpa), dos Nutricionistas (Sindnut), dos Psicólogos (Sindosipa), dos Odontologistas (Soepa), dos Farmacêuticos (Sindfarpa), dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais (Sinfito), dos Assistentes Sociais (Sinaspa), dos Técnicos em Radiologia (Sintraban), e ainda os Trabalhadores em Saúde Pública no Pará, ligados ao (Sintsesp), ao Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Pará (Sindsaúde) e à Associação dos Servidores do Município de Belém (Assesmub).
Para quinta-feira, dia em que terá início a greve geral, o Sindmepa convocou médicos e os demais servidores para comporem um ato público em frente ao Pronto Socorro da 14 de Março, a partir das 10h. “Vamos demonstrar a força do nosso movimento que luta por melhorias salariais e das condições de trabalho, o que se refletirá no atendimento à população”, diz o Sindicato dos Médicos em sua página na internet.
Os profissionais ligados à Secretaria Municipal de Saúde decidiram sobre a greve durante assembleia no dia 19 de julho.  A paralisação foi programada para o dia 2 de agosto, visando obedecer o prazo necessário para cumprir pontos determinados por lei, como a divulgação de esclarecimentos à população e a emissão de comunicado aos gestores e às autoridades de saúde do Estado.
Unidos pelos mesmos propósitos
A pauta de reivindicações unificada contém oito itens e foi enviada à Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) no dia 5 de julho. No dia 18, a Sesma chamou os dirigentes sindicais para uma conversa, mas dos oito itens, acenou com a possibilidade de atender apenas dois e parcialmente.
As classes pedem melhoria das condições de trabalho nas Unidades de Saúde para reverter as precárias instalações, equipamentos, materiais e medicamentos, o que, de acordo com os profissionais, tem levado ao adoecimento do trabalhador da área de saúde e comprometido a qualidade do atendimento ao usuário.
Também reivindicam a recuperação das perdas salariais, incorporação dos abonos após correção ao salário base, vale alimentação para todos os servidores da área da saúde, com valor baseado na cesta básica calculada pelo Dieese, e com garantia de refeição aos plantonistas das unidades de saúde, no local de trabalho.
Ainda sobre remunerações os trabalhadores da saúde querem pagamento do retroativo relativo ao adicional de turno, que deixou de ser pago, e o pagamento e incorporação das perdas históricas de 20,84% já reconhecidas judicialmente ao salário base.
Além disso, as categorias buscam a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da saúde, com ampla discussão com os trabalhadores da área através de suas entidades representativas e implantação da mesa permanente de negociação do SUS em Belém.
Com a adesão de outras categorias, o Sindmepa dá novas recomendações aos médicos que atuam no município. A entidade esclarece em seu site que o atendimento será mantido, mas o efetivo de profissionais será reduzido a apenas um terço, cumprindo o que determina a lei de greve.
Assim, se em um determinado ambulatório há três profissionais, um deles continuará no atendimento. Nas áreas de urgência e emergência será feita uma triagem dos pacientes que precisem de atendimento imediato, os demais receberão encaminhamento para atendimento posterior. (DOL)

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