O
Governo Federal autorizou a manutenção da Força Nacional de Segurança
Pública nos estados do Pará, de Mato Grosso e da Bahia. A Portaria
1.884, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (30) e
assinada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, estabelece 60
dias para a permanência das tropas, prorrogáveis por mais 60. O objetivo é que a Força Nacional garanta a segurança devido a conflitos indígenas nos três estados.
No Pará, os conflitos são registrados
entre indígenas e não indígenas, principalmente da etnia Xikrin do
Catete, vizinhos da mineradora Vale. Os xikrin do catete reclamam que
tiveram suas terras invadidas em meados de 1980 por madeireiros. A
exploração de madeira está cada vez mais próxima da aldeia.
Na Bahia, há uma série de conflitos e um dos que mais preocupa é o da Reserva Indígena Caramuru/Catarina/Paraguaçu, no sul do estado, que abriga 54 mil hectares da etnia Pataxó Hã Hã Hãe. O caso já foi analisado pelo Supremo Tribunal Federal.
No sul de Mato Grosso,
indígenas da Aldeia Arroio Corá, em Paranhos (MS), vivem em conflito com
os fazendeiros da região. O Ministério Público Federal e a Fundação
Nacional do Índio tentam solucionar o impasse.
O Distrito Federal (DF) é a
próxima unidade da Federação a receber tropas da Força Nacional. A razão
é a garantia de segurança. A previsão é que a tropa seja enviada na
próxima semana, mantendo 20 homens
por dia. Pelo menos 133 agentes da Força Nacional vão atuar na divisa
do DF com Goiás - 53 já haviam sido cedidos pelo próprio Distrito
Federal ao Ministério da Justiça.
(Agência Estado)
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