(Foto: Marcelo Lelis)
Todos querendo os votos dos guardas. Vereadores de Belém do Pará, todos candidatíssimos e lutando por suas sagradas reeleições aprovaram 'a toque de caixa' e 'nas coxas' o justo, justíssimo PCCR para os Guardas Municipais (aí daquele que não o fizesse!).
A matéria abaixo é do DOL. Confira o clima afoito da sessão:
Foi
aprovado ontem, por unanimidade, o Plano de Cargos Carreiras e
Remuneração (PCCR) da Guarda Municipal. A sessão foi acompanhada por
dezenas de guardas, no plenário. Com a proximidade das eleições e
pressionados pela presença dos servidores, os 24 vereadores presentes
votaram a favor do projeto. Alguns anteciparam o voto ainda nas
considerações, o que gerou uma inversão de pauta e possibilitou a
aprovação do projeto. Caso o prefeito de Belém, Duciomar Costa, sancione a lei, ela passa a valer a partir de 1° de janeiro de 2013.
O vereador Pio Netto (PTB) considerou a
aprovação “um presente de aniversário” para a Guarda Municipal, que
completou 21 anos no mês de setembro. Já o vereador Fernando Dourado
(PSD), declarou que é necessário se “aproveitar da displicência do
governo” para dar andamento a algumas coisas, como votar o PCCR. “Nós
temos que nos aproveitar de qualquer cochilo”, afirmou. Depois revelou
que não teve tempo
de ler o projeto, mas que mesmo assim votaria a favor, sendo
acompanhado por outros vereadores. O projeto do PCCR da Guarda Municipal
foi apresentado no dia 24 de setembro e tem 54 páginas.
Já o vereador Nehemias Valentim (PSDB) pediu que a casa apreciasse o projeto e que o prefeito o sancionasse, para que a categoria pudesse ter o direito reconhecido.
O presidente da mesa diretora, vereador
Gervásio Morgado(PR), solicitou que os vereadores se manifestassem sobre
a inversão de pauta, para dar início à votação. Todos concordaram.
Posteriormente, Morgado perguntou se o vereador Raimundo Castro (PTB)
abria mão da discussão quanto ao polêmico projeto que dispõe sobre a
preservação do Centro Histórico.
Dourado (PSD) chegou a acusá-lo de dar um golpe e alegou que a decisão do plenário era soberana. No entanto, o próprio Castro (PTB) abriu mão da discussão do projeto de sua autoria.
Os vereadores que não fizeram o “dever de
casa” e não leram o projeto de lei, também não tiveram oportunidade de
fazê-lo durante a sessão, uma vez que os 179 artigos que o compõem não
firam lidos, atendendo ao pedido do vereador Walter Arbage (PTB), para
agilizar o processo e sentenciar o que todos sabiam: que o projeto seria
aprovado. Acatando a sugestão do vereador Marquinho do PT, os votos
foram mostrados no painel da Câmara, que apontou 24 votos favoráveis ao
projeto.
(DOL)
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