A suspeita é de que os produtos seriam utilizados para comprar votos a fim de beneficiar o candidato à reeleição
Por determinação da Justiça Eleitoral, a Polícia Federal apreendeu cerca de quatro toneladas de alimentos e material de campanha do prefeito de Macapá, candidato à reeleição, Roberto Góes (PDT). O trabalho foi resultado de ação do Ministério Público Eleitoral no Amapá (MPE/AP), por meio do promotor eleitoral auxiliar André Luiz Dias Araújo. A medida de busca e apreensão foi cumprida na manhã desta quarta-feira, 3 de setembro.
O MPE/AP apurou que Pedro dos Santos Martins e Rodrigo Flávio Portugal Alves, declaradamente ligados ao prefeito Roberto Góes, estavam armazenando alimentos não perecíveis para distribuir, possivelmente, durante o período eleitoral. A suspeita era de que os produtos seriam acondicionados em cestas básicas e trocados por votos para beneficiar o candidato à reeleição.
Os gêneros alimentícios foram apreendidos no prédio do jornal O Pavio e do programa Batendo Lata. O juiz eleitoral Rommel Araújo de Oliveira considerou no mínimo estranho que a sede de um periódico guarde grande quantidade de alimentos. No local, também foram encontrados cartazes e bandeiras com nome e número de Roberto Góes. O material foi encaminhado à sede do TRE.
Inquérito - A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar a prática de crime eleitoral pelos envolvidos. Sobre a suspeita de compra de votos, na decisão, o juiz salienta: tal prática criminosa... contamina todo o processo eleitoral e merece posição enérgica no sentido de se coibir qualquer conduta neste sentido.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Eleitoral no Amapá
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