Onde já se viu uma Copa morena e islâmica ? E o Brasil, anfitrião, na liderança
Alguém já escreveu que o futebol imita a vida e vice-versa.
Não é mais assim: o futebol imita a nova Economia e a nova Geografia.
A Copa das Copas inverteu os papeis de atores coadjuvantes e principais.
É assim no mundo que ganha novas vozes com países que crescem e ganham relevância. E é assim, também, no futebol.
Ou como explicar a Argélia classificada pela primeira às oitavas de final em um Mundial, após quatro participações?
Ou a Costa Rica, que contribuiu para que o torneio fosse chamado de Copa das Américas, como escreveu o João de Andrade ?
É a história que é recontada ali, dentro das quatro linhas, quando são somente 11 contra 11 sem levar em conta fatores externos, de poderio bélico ou econômico de uma nação.
No Maracanã, ainda pela fase de grupos, o Chile derrotou a Espanha. Foi o oprimido que venceu o opressor e fez renascer, de certa forma, o Movimento de Independência chileno que, entre os anos de 1817 e 1818, liderado por Bernardo O’Higgins, libertou o país da dominação secular espanhola.
Por aqui, o tal complexo de vira-lata, imortalizado por Nelson Rodrigues, embora com resquícios ainda hoje, passou a ser vencido em 1958, ao Brasil vencer a Suécia naquele Mundial.
Seleções como Inglaterra, Itália, Espanha, Rússia e Portugal, se já não voltaram, providenciam o retorno dessa que já é – se não for – uma das melhores Copas de todos os tempos. De 32 seleções, restaram 16: duas da África, seis da Europa e oito das Américas.
Recheada de gols como se observa nos jogos realizados na nova Fonte Nova, em Salvador, capital da Bahia que, além de ser a terra de todos os santos, passou a ser a terra de todos os gols.
A Copa que poderia ser de Cristiano Ronaldo, Rooney, Pirlo ou Iniesta e pode ainda ser de Neymar, Messi, Muller, Benzemá, Robben, o costariquenho Joel Campbell ou o argelino Islam Slimani será lembrada como a segunda vez em que as colônias se impuseram às metrópoles.
Vá à Argélia !
Dê um pulo na Costa Rica, na Colômbia ….
Como diria aquele político gaúcho, a Copa ficou morena …
Alisson Matos, editor do Conversa Afiada e autor do livro “Perder é do Jogo – As Maiores Tragédias de Flamengo e Fluminense”
Alguém já escreveu que o futebol imita a vida e vice-versa.
Não é mais assim: o futebol imita a nova Economia e a nova Geografia.
A Copa das Copas inverteu os papeis de atores coadjuvantes e principais.
É assim no mundo que ganha novas vozes com países que crescem e ganham relevância. E é assim, também, no futebol.
Ou como explicar a Argélia classificada pela primeira às oitavas de final em um Mundial, após quatro participações?
Ou a Costa Rica, que contribuiu para que o torneio fosse chamado de Copa das Américas, como escreveu o João de Andrade ?
É a história que é recontada ali, dentro das quatro linhas, quando são somente 11 contra 11 sem levar em conta fatores externos, de poderio bélico ou econômico de uma nação.
No Maracanã, ainda pela fase de grupos, o Chile derrotou a Espanha. Foi o oprimido que venceu o opressor e fez renascer, de certa forma, o Movimento de Independência chileno que, entre os anos de 1817 e 1818, liderado por Bernardo O’Higgins, libertou o país da dominação secular espanhola.
Por aqui, o tal complexo de vira-lata, imortalizado por Nelson Rodrigues, embora com resquícios ainda hoje, passou a ser vencido em 1958, ao Brasil vencer a Suécia naquele Mundial.
Seleções como Inglaterra, Itália, Espanha, Rússia e Portugal, se já não voltaram, providenciam o retorno dessa que já é – se não for – uma das melhores Copas de todos os tempos. De 32 seleções, restaram 16: duas da África, seis da Europa e oito das Américas.
Recheada de gols como se observa nos jogos realizados na nova Fonte Nova, em Salvador, capital da Bahia que, além de ser a terra de todos os santos, passou a ser a terra de todos os gols.
A Copa que poderia ser de Cristiano Ronaldo, Rooney, Pirlo ou Iniesta e pode ainda ser de Neymar, Messi, Muller, Benzemá, Robben, o costariquenho Joel Campbell ou o argelino Islam Slimani será lembrada como a segunda vez em que as colônias se impuseram às metrópoles.
Vá à Argélia !
Dê um pulo na Costa Rica, na Colômbia ….
Como diria aquele político gaúcho, a Copa ficou morena …
Alisson Matos, editor do Conversa Afiada e autor do livro “Perder é do Jogo – As Maiores Tragédias de Flamengo e Fluminense”
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