Mesmo sabendo que será derrotado na votação dos recursos dos réus da Ação Penal 470, o presidente demissionário do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, decidiu pautá-los para quarta (25); objetivo é ter a oportunidade de fazer um derradeiro discurso de justiceiro
antes de deixar a Suprema Corte; nos meios jurídicos, sua saída é vista com alívio em razão dos abusos em série que cometeu.
Na despedida do STF, Barbosa escolhe enfrentamento
por Kennedy Alencar
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, escolheu uma saída em grande estilo da mais alta corte de Justiça do país. Atendeu ao pedido do novo relator do processo do mensalão, o ministro Luís Roberto Barroso, de colocar os recursos de condenados no processo do mensalão na pauta do plenário do tribunal na próxima quarta-feira, 25 de junho.
Barbosa respondeu à ameaça de Barroso de decidir sozinho, caso os recursos não fossem analisados pelo conjunto do STF antes do recesso do Judiciário. O presidente do STF escolheu o enfrentamento.
Ele sabe que a tendência é ser derrotado. O mais provável é o acolhimento dos recursos pelos colegas de Supremo.
No entanto, ao pautar esses assuntos, Barbosa terá a oportunidade de marcar novamente a sua posição rigorosa no combate à corrupção, na visão de alguns, ou exagerada em relação ao PT, na opinião de
outros.
Novato no tribunal, Barroso resolveu fazer um contraponto incisivo a Barbosa. Ele substituiu Ricardo Lewandowski como o principal desafiante do mais popular presidente da história do Supremo.
Na próxima quarta, está previsto o julgamento do pedido de José Genoino, ex-presidente do PT, para deixar o presídio da Papuda e passar a cumprir o resto da pena em prisão domiciliar.
Deverá ser analisada também a solicitação de trabalho externo do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Barbosa indeferiu esse pleito.
Marcos Valério).
Barbosa revogou as licenças de trabalho desses três condenados..
Será uma sessão histórica.
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