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quarta-feira, 11 de junho de 2014

Renan, Henrique Alves e os grupos de mídia montam o arco do atraso


Política Nacional de Participação Popular desperta nova onda de histeria na mídia tradicional; revista Veja, de Gianca Civita, fala na criação de sovietes; Fernão Mesquita, herdeiro do que restou do Estadão, chama decreto 8.243 de "golpe contra a democracia"; iniciativa do governo é taxada de "bolivariana"; na verdade, o que há por detrás dessa distorção factual de cunho ideológico é uma medida que aprofunda e aperfeiçoa a democracia brasileira;conselhos populares sobem de patamar como organismos formuladores, garantidores e aplicadores de 
políticas sociais; movimento está em sintonia com viés das maiores democracias do mundo, como a dos Estados Unidos, que caminha para a institucionalização do orçamento participativo; grita era esperada.

Luis Nassif

O presidente do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Alves, aderiram à campanha da mídia contra a Política Nacional de Participação Social.

Nenhuma surpresa. Tanto os grupos de mídia quanto a oligarquia partidária estão na mesma camada arqueológica da política, representando o velho.

Em 2009, o então presidente do Senado José Sarney já ensinava como se dá essa atração dos opostos.

Grupos de mídia e políticos sempre disputaram a primazia de ser a voz da opinião pública. As organizações sociais tiraram a legitimidade dos políticos. Hoje em dia, dizia Sarney, qualquer ONG tem muito mais representatividade que o político na defesa de suas bandeiras. A próxima etapa serão os blogs e redes sociais reduzindo a legitimidade da mídia, dizia ele.

O futuro se faz presente de olho no passado. Ao aderir à campanha contra a participação social, Renan e Alves agem da mesma maneira que os grupos de mídia, defendendo seu território, de unicos representantes da opinião pública junto às políticas públicas.

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