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quinta-feira, 12 de junho de 2014

Desqualificando a inteligência do leitor - TRE manda Folha retirar de suas páginas textos de propaganda eleitoral para Aécio

 


Que o Jornal Folha de São Paulo é um dos jornais tucano, você já sabe. Que a Folha faz campanha eleitoral para o PSDB, você também já sabe há muito tempo.




A nota, “Justiça Eleitoral manda Folha retirar texto de Aécio da internet”, bem escondida, em letras minúscula, apenas para o olhar mais atento do leitor, publicada nessa quarta feira (11), no jornal, prova o que nós sempre falamos. Porém, só agora, depois de anos, a Justiça Eleitoral resolveu entrar em ação pedindo a retirada dos textos em 48 horas. A Folha avisa que não retirou os textos da coluna do Aécio e que vai recorrer da decisão



A Folha, vem dedicando páginas e mais páginas de apoio à candidatura de Aécio Neves. Até uma coluna foi criada para o tucano atacar, raivosamente, a presidente Dilma.



Não é de hoje que a Folha se tornou um panfleto oficial de propaganda e cabo eleitoral do PSDB. Aécio Neves nem precisa se preocupar em gastar com jornais e panfletos do partido para exaltar suas obras e análises de seu governo. Basta ler a Folha de São Paulo. E se o PSDB estiver disposto a fazer um acordo direto com o Otavinho, pode distribuir o jornal nas casas dos seus eleitores durante a campanha eleitoral




O problema da grande imprensa, em especial a paulista, não é a crítica feroz ao governo Dilma, mas à falta de espaço para opiniões divergentes. Uma vez ou outra em algum caderno do jornal sai uma entrevista de pessoas que pensam diferente e têm ideias divergentes das propagadas pela grande imprensa, mas é quase inexpressivo esse espaço. 



O outro problema é a diferença que a mídia faz com relação a políticos de algumas siglas partidárias. A imprensa deve buscar e mostrar os dois lados da moeda, investigar todos políticos sem exceção e, se estiver de um lado só, deixar isso claro para o leitor.

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/06/tre-manda-folha-retirar-de-suas-paginas.html
 


 Ibope escondeu informações que haviam nas pesquisas anteriores

Ibope escondeu informações que haviam nas pesquisas anteriores.

Na terça-feira (10) publicaram mais uma pesquisa Ibope, dizendo que a Dilma caiu de 40 para 38%, que Aécio Neves (PSDB) subiu de 20 para 22%, e que Eduardo Campos (PSB) subiu de 11 para 13%. Dilma continua vencendo em todos os cenários, inclusive de simulação de segundo turno.

Fui ver o relatório e eles eliminaram informações de cruzamento de dados que nos permitiam identificar contradições, como provamos na pesquisa anterior que Aécio não tinha 20% e sim 17%. Agora o Ibope escondeu, com medo de nossos blogs desmascararem de novo.

Curiosamente o relatório também não fala nada sobre o grau de conhecimento dos candidatos. No Datafolha, Dilma ficou menos conhecida com o correr do tempo, acredite se quiser.

De bater o olho no relatório do Ibope eu já vejo um erro metodológico, que já comentamos aqui sobre pesquisas anteriores. Brancos/nulos na estimulada tem 18% e na espontânea cai 14%. Isso tira bastante valor científico, pois a pessoa quando é estimulada sem que no disco tenha a opção brancos/nulos, alguns podem entender diferente, como "eu vou votar nulo, mas se fosse obrigado a escolher um destes nomes então eu votaria no fulano (em geral em um nome da oposição)". Resumindo: a pesquisa transfere intenções de votos nulos para candidatos da oposição.

Essas coisas enfraquece a confiança na pesquisa, e não dá para levar muito a sério os números. Mas se formos olhar assim mesmo, vemos que o cenário caminha para uma polarização. Dilma é melhor votada entre os eleitores de menor renda. Aécio é melhor votado nas faixas mas altas de renda.

A faixa do eleitorado que vota em Dilma é a que ainda está menos interessada nas eleições até agora, enquanto a faixa em que o Aécio aparece mais forte é a que está mais interessada. Significa que Dilma pode estar com o piso de votos, e Aécio está caminhando de atingir seu teto.

De qualquer forma, tem coisas que deve preocupar. É a piora na avaliação e aprovação do governo. Isso pode até ser explicado pelas greves de ônibus que ocorreram em várias cidades do Brasil e ocupou bastante o noticiário. Apesar dos ônibus serem da alçada municipal, o mau humor é descontado na presidenta, em parte pelo noticiário de São Luiz, de Cuiabá, do Rio, São Paulo, etc. ser propositalmente jogado para o Jornal Nacional em vez de jogar para o telejornal regional. 

O lado positivo é que esse mau humor pode passar. Muitos eleitores não tem razão objetiva para não votar em Dilma. Ela é apenas a vidraça política mais visível. Na hora em que comparar os candidatos e suas características, é bem provável de muita gente que não declara voto agora acabar votando nela, até por sentir mais confiança em não desandar suas vidas, seu emprego, suas conquistas.

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