Cartaz de francesa em Salvador: "Brasil, o melhor anfitrião da história da Copa do Mundo"
O mundo já se rendeu: o Brasil organiza, em 2014, a Copa das Copas. Isso não é um simples bordão. É a explicação da festa que acontece no país, dentro e fora de campo. E não só por parte dos brasileiros, mas sim de povos de todo o mundo. Em especial, dos latinos.
A Copa do Mundo não é sobre aeroportos e estádios. Os ingleses já viram isso. Aliás, tudo acontece com sucesso. O Mundial é, sim, sobre a diversidade cultural, sobre a recepção calorosa que as seleções tiveram, sobre as belezas naturais, sobre um Mundial diferente de todos os outros. É sobre alemão dançando com índio, holandês tomando caldo na praia, inglês jogando capoeira.
Os vizinhos entenderam a grandeza do evento e ‘invadiram’ o Brasil. Os argentinos chegaram aos milhares ao Rio de Janeiro. Chilenos e colombianos cantam seus hinos de forma empolgante nos estádios. Até os mexicanos fizeram barulho contra a maioria brasileira em Fortaleza.
E, dentro de campo, os países americanos sobram. É a Copa do Brasil, mas também é a Copa do Chile, da Colômbia, do Uruguai, da Costa Rica, da Argentina, do México. Até dos Estados Unidos, se formos mais longe.
Há algo mais emocionante que a festa da zebra costa-riquenha, classificada no ‘grupo da morte’? A passagem de fase é como um título para o país da América Central. É tanto choro e tamanha comemoração que fica impossível manter-se indiferente. Eliminaram os ingleses e podem ver a tradicional Itália também fora.
Para isso acontecer, só depende do Uruguai. A aguerrida Celeste ressurgiu após a antológica volta de Luisito Suárez, craque do time e que se recuperou em tempo recorde para salvar os uruguaios da precoce desclassificação e enfrentar a Itália com grande chance de avançar.
O Chile fez ainda melhor. Jogou bem e mandou a atual campeã Espanha para casa. A Colômbia lidera o grupo C e já está classificada, mesmo sem seu melhor jogador – o lesionado Falcão Garcia – e com James Rodrigues em grande fase. É candidata a chegar longe.
A Argentina tem caminho fácil em seu grupo e conta com um elenco estelar, com Messi faminto por um triunfo com a seleção. É favorita ao título, ao lado de Brasil e Alemanha. O único sul-americano que encontra dificuldades – já esperadas – é o Equador, que não deve conseguir avançar.
Na América do Norte, o México mostrou força ao parar o Brasil e pode conseguir vaga nas oitavas. Os EUA, que evoluem a cada Copa, estrearam bem e são capazes de eliminar Portugal, do midiático craque Cristiano Ronaldo.
Resultados à parte, essa é uma Copa, acima de tudo, divertida. Tem a cara do Brasil. Dentro de campo, com jogos em bom nível e alta média de gols. Fora dele, animação e festa em todas as cidades. Quem apostava no fracasso do Mundial, a turma do ‘Não vai ter Copa’, agora tem motivos para colocar capuz preto na cabeça. Não para protestar, mas por vergonha de seu pessimismo colonial.
Postado por João de Andrade Neto
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