Os
médicos anestesiologistas da Cooperativa de Médicos Anestesistas do
Pará (Coopanest), que desenvolve as atividades de anestesia da rede municipal, suspenderam hoje (1º) as atividades em todos os hospitais que têm convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS).
As cirurgias eletivas foram suspensas e o atendimento será feito apenas em casos de urgência e emergência.
As cirurgias eletivas foram suspensas e o atendimento será feito apenas em casos de urgência e emergência.
Os médicos já haviam suspendido o
atendimento no início da semana passada nos Pronto Socorros da capital,
por falta de estrutura e equipamento que garantisse a continuidade dos serviços
de forma segura para os médicos e para os pacientes. Já nesta
segunda-feira a suspensão nos hospitais conveniados do SUS deu-se pelo
fato de os anestesiologistas estarem sem receber desde junho deste ano.
Luis Paulo Mesquita, diretor presidente da Coopanest, explicou que a primeira paralisação foi por conta das condições de trabalho, e que a de hoje é por conta, também, da falta do pagamento. “A Cooperativa está sem receber desde junho. Os médicos não vão trabalhar se não forem pagos. A paralisação por conta das condições de trabalho é só nos Pronto Socorros municipais, mas a questão salarial é geral”, explicou.
O dirigente também afirmou que até o momento a cooperativa não foi contactada para negociações quanto à paralisação.
Ação
Na última quinta-feira (27) os ministérios Públicos Federal e Estadual ajuizaram ação pedindo que a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) tomasse providências para evitar a iminente greve de médicos anestesistas.
Na última quinta-feira (27) os ministérios Públicos Federal e Estadual ajuizaram ação pedindo que a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) tomasse providências para evitar a iminente greve de médicos anestesistas.
Os médicos anestesistas alegam que, por uma questão de contrato, eles são obrigados a parar as atividades caso não tenham condições mínimas. O contrato de serviço prevê também que as atividades sejam retomadas após o restabelecimento dessas condições.
A ação dos MPs solicita que o município
seja obrigado a regularizar os equipamentos dos prontos-socorros e a
pagar as dívidas que tem com a cooperativa dos anestesistas. O MP/PA e
MPF também pediram que a Justiça obrigue a cooperativa a tomar todas as
medidas necessárias para que os médicos façam o atendimento à
população.
No início da paralisação a Secretaria
Municipal de Saúde emitiu nota afirmando que as denúncias da Coopanest
são irreais, prometendo enviar fotos e relatórios para o Conselho
Regional de Medicina, comprovando o funcionamento dos equipamentos. A
Sesma informou ainda que tem interesse em refazer o contrato de
prestação de serviço com a categoria, que venceu no último dia 16 de
setembro, mas que até o momento a cooperativa ainda não enviou
documentos para o contrato ser refeito.
(DOL)
Nenhum comentário:
Postar um comentário