|
Rachel contra o bulldozer: o motorista foi pior que o tanquista chinês |
Mas há outra
imagem igualmente dramática e com final trágico que não teve a mesma divulgação
na grande mídia. Trata-se da militante pacifista americana Rachel Corrie, que
em 2003, aos 23 anos, foi para Israel protestar contra a demolição de casas de palestinos
expulsos pelas chamadas Forças de Defesa de Israel – nome das Forças Armadas do
país. Na Faixa de Gaza, ela se colocou na frente de um trator bulldozer que trabalhava
na demolição das casas. Mas, ao contrário do tanquista chinês, o motorista do buldozer
não parou; ele não apenas atropelou deliberadamente a militante, como deu marcha
à ré para passar sobre seu corpo novamente.
|
Rachel Corrie |
No último dia 27,
a Justiça israelense deu seu veredicto: ela
decidiu que
o militar que dirigia o bulldozer não teve culpa, nem comportamento
negligente.
O tribunal inclusive sugeriu que Rachel foi a culpada por sua morte.
Essa situação mostra que, sob a liderança de Netanyahu e Lieberman,
Israel jogou na lata do lixo o legado do humanismo judeu. A exceção
ficou por conta do grupo Jewish Voice,
formado por judeus
democratas que se opõem à política de repressão israelense ao povo
palestino. Eles iniciaram uma campanha para que os investidores
americanos vendam ações da Caterpillar, a fabricante dos tratores usados
pelo
Exército israelense para demolição casas e edifícios palestinos. Não
dará em nada, mas é um gesto digno de inconformismo. É o que resta.
É inacreditável que o governo judeu, cujo povo passou o que passou e sofreu o que sofreu e nos fez sofrer nas mãos dos nazistas, tentem agora zerar o holocausto no povo das nações alheias do oriente médio. Vão acabar perdendo a moral para aqueles que dizem que não houve o holocausto com o povo judeu na alemanha nazista e que tudo aquilo foi um equívoco, um picnique entre alemães e judeus perto do que estão fazendo com o povo palestinos. Vão acabar merecendo a medalha de ouro nas olimpíadas do assassinato em massa.
ResponderExcluir